terça-feira, 8 de setembro de 2015







Volteia em torno da fonte
A cambiante libélula,
Por largo tempo alegra o meu olhar;
Ora escura, ora clara
Tal qual o camaleão:
Ora vermelho, ora azul,
Ora azul, ora verde;
Oh, que de bem perto
Percebo agora as tuas cores!
Ela adeja e plana, nunca pousa!
Sim, ei-la pousada agora no prado.
Agarrei-a! Agarrei-a!
Desta vez observo-a de bem perto
E tudo o que vejo é um azul funéreo -
Eis o que te espera, tu, que dissecas teu prazer!


  Goethe

Libélulas







Danzan las libélulas en torno a los jacintos
con promesas de que el buen tiempo ha de venir.
Me quedo con la mirada pegada en sus misteriosos bailes,
la respiración cortada,
el movimiento quieto.
Sigo el sube y baja de su vuelo
alterado por el viento que no deja de soplar.
Sigo la trayectoria regocijada del ritual baile
que se produce en el jardín.
Se mecen las flores,
las ramas nuevas,
las hojas nacientes,
los brotes verdes
que con las sacudidas parecen caer....
Y danzan las libélulas libres
en su mágico vuelo
alrededor de los jacintos,
en un caos de libertad bendita
de trayectorias locas,
de alejarse ahora...
Las dejo ir. 

Elisa Golott

A canção da libélula





Os pedaços pisados da minha alma
Ainda tentam se erguer depois da última batalha.
Fui jogado ao vento para entender a canção da libélula
Que roçou tuas asas no teu amor.
Acabou com a caída suave,
As asas cortadas deitadas ao lado e um último gemido,
Não de dor, mas de sofrimento...
Oh, pobre! Eu não posso entender esta canção tão triste,
Ela cessou quando tentamos nos aproximar de quem mais amamos
E tudo acabou, acabou como o verão parte para o inverno... Diretamente.
Como o dia sendo consumido pela noite, de uma só vez... Num piscar de olhos.
Fui deixado para ser devorado pelas lágrimas
Como a libélula, pelo tempo...
Morrendo aos poucos sem poder lutar pela tua vida.
Novamente só, no último momento, e as lembranças são as que mais machucam,
Diante dos nossos olhos nem um sentido pode ser encontrado,
Mas finalmente entendi a canção da libélula...
Fui jogado ao vento para entender que eu amava demais alguém que nunca me amou.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....

Msrdany

A libélula







Graciosa e inofensiva
Lá vem ela, a libélula,
Sua pureza expressiva
É o reagente da célula

Que reanima o prazer
De notar a sua beleza,
E, embevecido, dizer
Com toda delicadeza:

- És meiga e delicada,
Admirar-te é preciso!
As tuas asas rufladas

Parecem seda! Diviso
Tua energia emanada
Do jardim do Paraíso!

Autor: José Rosendo